quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Pequena Abelha - Chris Cleave



Título: 
 
Pequena Abelha
AutorChris Cleave
Páginas: 272
Minha Classificação: 3/5

A história se passa em Londres e é narrada por duas pessoas:

> Abelinha - uma menina de 14 anos que fugiu da Nigéria após seu povoado ser atacado
> Sarah - uma jornalista bem sucedida que em suas férias acabou conhecendo Abelinha

Abelinha foi separada de sua família e vivenciou situações extremamente traumáticas até chegar em Londres e ser colocada em um centro de detenção para refugiados. Sem saber muito bem a língua local ela se esforçou para estudar e entender o idioma, os costumes e a cultura daquele país. Ao longo da sua jornada Abelinha encontra várias outras mulheres que, assim como elas, fugiram dos seus países com medo de morrer. Ela vê em Sarah a única chance de conseguir se manter viva.

O fato de o oceano cobrir sete décimos da superfície da terra e ainda assim meu marido ter conseguido me fazer não notar tal coisa. Era a dimensão dele em minha vida.

Sarah conheceu Abelinha enquanto estava de férias com um marido. Um casamento desgastado e o que aconteceu nessa viagem marcam de vez a história do casal. Quando seu destino se cruza novamente com o de Abelinha ela percebe que é capaz de fazer qualquer coisa para ajudar essa menina que mudou a sua forma de ver o mundo.

Minha Opinião

Que leitura incrível! O autor usa os capítulos narrados por Abelinha para nos teletransportar para uma cultura e uma forma de ver o mundo totalmente linda e dolorosa ao mesmo tempo. Os capítulos de Sarah me fizeram refletir sobre o quanto decidimos ignorar problemas tão gritantes que ocorrem no mundo enquanto nos preocupamos com futilidades. A história do livro é um tapa na cara de qualquer um. Aquele tipo de material que você termina de ler, respira fundo e pensa "caramba". Me marcou bastante e me fez ter um interesse ainda maior nesse assunto.

Do meu país vocês tiraram o futuro e para meu país vocês mandaram os objetos de seu passado. Não temos a semente, temos a casca. Não temos o espírito, temos o crânio. Sim, o crânio.



Nenhum comentário:

Postar um comentário